quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Mensagem: Existe uma Coisa Difícil de Ser Ensinada

Podemos dizer que estamos, ainda, bem no início do ano letivo e, embora, a nossa percepção ainda não seja capaz de apreender - com segurança - o perfil de cada aluno, alguns já fornecem indícios de que apresentam péssimos hábitos comportamentais.

Dias atrás e hoje, mesmo, tive alguns problemas de indisciplina por parte de um grupo de alunos do sexto ano.

Repreendi-os e conversei com a turma toda e, minutos depois, soube que outros professores e funcionários também passaram por situações semelhantes com o mesmo grupo.

O que me preocupa mais é que a faixa de idade da turma varia de 10 a 12 anos, sendo poucos os de doze anos. Daí, a importância e a necessidade da escola ter uma parceria bem entrosada, compromissada e sob a mesma direção com a família.

Quem atribui à escola o papel de educar está relegando a importância e o dever da F A M Í L I A ao segundo plano ou a nenhum!

A escola, no entanto, tem o papel de auxiliar o desenvolvimento das capacidades e habilidades do aluno, capaz de lhe garantir a construção do seu conhecimento, isto é, a sua formação plena, bem como prepará-lo para o exercício de sua cidadania, da sua inclusão social e inserção futura no mercado de trabalho.

A base da educação e de valores humanos, morais e éticos elevados devem vir, primeiro, de dentro do lar, da família. A escola deve, com certeza, tratá-los e incentivá-los - incessantemente -mediante a inversão de valores que se vê, habitualmente, na sociedade moderna.

Mas, o aluno que tem estes conceitos em prática no âmbito familiar, desde cedo, não apresenta problemas de comportamento em qualquer espaço, seja este escolar, religioso, privado etc.

Em razão disso, vou disponibilizar um texto para reflexão, o qual irei trabalhar com todas as turmas após o carnaval. Junto a este, os alunos também lerão sobre "Bom Aluno".

Vou trabalhar textos/mensagens mensalmente: vou dedicar uma aula para as discussões em grupo. Além do Blog, o material vai estar disponível nas papelarias para xérox.
ELEGÂNCIA
Martha Medeiros (texto modificado)

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. 

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais corriqueiras... 

Quando não há festa alguma e nem fotógrafo por perto. É uma elegância desobrigada. 

É possível observá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.... Nas pessoas que escutam mais do que falam... E quando falam, passam longe da fofoca e das pequenas maldades aumentadas no boca a boca. 

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a pessoas mais simples. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas... É quem cumpre o que promete e ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte, antes, quem está falando e só depois manda dizer que está ou não. 

Oferecer flores é sempre elegante... É elegante fazer algo por alguém e este alguém jamais o saber...

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.... É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

É elegante o silêncio diante de uma rejeição... Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma... Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante... Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que com amigo não tem que ter estas frescuras. Se os amigos não merecem certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la. 

Educação enferruja por falta de uso. E detalhe: Não é frescura!

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